24/01/2019

Sol na cabeça

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Em O sol na cabeça, Geovani Martins narra a infância e a adolescência de garotos para quem às angústias e dificuldades inerentes à idade soma-se a violência de crescer no lado menos favorecido da “Cidade partida”, o Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XXI.
Em “Rolézim”, uma turma de adolescentes vai à praia no verão de 2015, quando a PM fluminense, em nome do combate aos arrastões, fazia marcação cerrada aos meninos de favela que pretendessem chegar às areias da Zona Sul. Em “A história do Periquito e do Macaco”, assistimos às mudanças ocorridas na Rocinha após a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP. Situado em 2013, quando a maioria da classe média carioca ainda via a iniciativa do secretário de segurança José Beltrame como a panaceia contra todos os males, o conto mostra que, para a população sob o controle da polícia, o segundo “P” da sigla não era exatamente uma realidade. Em “Estação Padre Miguel”, cinco amigos se veem sob a mira dos fuzis dos traficantes locais.
Nesses e nos outros contos, chama a atenção a capacidade narrativa do escritor, pintando com cores vivas personagens e ambientes sem nunca perder o suspense e o foco na ação. Na literatura brasileira contemporânea, que tantas vezes negligencia a trama em favor de supostas experimentações formais, O sol na cabeça surge como uma mais que bem-vinda novidade.




RESENHA

Um livro de leitura rápida e fluida.
Um livro que mostra a realidade de muitos cariocas em suas vidas nas favelas e subúrbios do Rio.
O livro é feito de contos,cada um com sua importância social e que nos faz pensar um pouco fora da caixinha.
Mostra nua e cruamente a desigualdade social,racismo e como é duro nesta cidade maravilhosa ,nascer sem privilégios.
Amei sentir cada personagem,seus dramas,valores ,medos e dúvidas.
É um daqueles livros que todos que dizem que não existe privilégios,racismo etc,,,deveriam ler.
Eu amei cada conto,cada detalhe ,e o melhor é que ele é cheio de gírias ,que nos deixam bem mais ligados a realidade que esta sendo contada.
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Um comentário

  1. Me lembrei agora , quando alguns jovens saíram para comemorar o primeiro salário de um deles,e foram executados pela polícia...
    Que triste história real ! :(
    Realmente é a desigualdade social.


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