Junho de 2015. A cidade de Alepo afunda no caos. Como centenas de milhares de civis, Joude Jassouma decide fugir com sua esposa, Aya, e sua filhinha, Zaine.
A guerra civil na Síria se intensifica. Os confrontos entre o exército de Bashar al-Assad e as forças rebeldes lideradas pelos jihadistas da Frente al-Nusra e do Estado Islâmico se tornam diários. Joude, jovem professor de francês, recusa-se a tomar partido numa luta absurda, que não é a sua. Com sua família, tenta se proteger, muda de residência quatro vezes para evitar os bombardeios – e acaba resolvendo se exilar.
Dos bairros pobres de Alepo ao litoral norte da França, passando por Istambul e pelos campos de refugiados da ilha grega de Leros, este livro conta o êxodo de um dos milhões de sírios atingidos pela guerra. A odisseia de um herói anônimo que, arriscando a vida, atravessou o mar Egeu a bordo de um bote inflável em busca de uma vida decente para sua família.
Pela primeira vez, a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial é contada por alguém que a viveu de dentro, através do olhar de um refugiado comum.
Resenha
Há cinco anos, todos os sírios esperam uma paz que nunca chega. E mesmo que a paz volte, não haverá mais lugar para mim na Síria. Estou cansado...
Joude nos conta como era sua vida em Alepo ,Síria antes e durante a guerra...
Somos levados pelas palavras de Joude,um rapaz que gostava de estudar e queria ser uma pessoa com conhecimento acadêmico ,que começou a trabalhar cedo para ajudar seus pais .
A narrativa dele nos leva a ver como tudo mudou na Síria depois da guerra .
Podemos sentir um pouco da desolação e tristeza de todos aqueles que viram seus sonhos acabados,suas casas e memórias materiais destruídas .
Me emocionei muitas vezes com suas palavras ...
Me mostrou o quanto é mesquinho ,tantas pessoas que são contra os refugiados ,achando que alguém deixa sua terra ,seus costumes porque quer morar em outro país.
Essas pessoas não sabem o que é viver em guerra,presenciar mortes,perder tudo...
"Queria dizer ainda que os que deixam a Síria não são religiosos fanáticos, e sim pessoas democráticas, instruídas, modernas e moderadas." (from "Eu venho de Alepo: Itinerário de um refugiado"
Um livro maravilhoso,triste,real ,mas que deveria ser lido por todos,para podermos ter uma dimensão do genocídio que a síria tem vivido.
"Estamos maravilhados com as ajudas sociais que o Estado francês fornece a seus cidadãos, algo completamente inconcebível para nós: a previdência social, a saúde pública, o RSA – uma espécie de bolsa-família –, os auxílios-moradia, a ajuda para os SDF. Nada disso existe na Síria, que se pretende uma república socialista..." (from "Eu venho de Alepo: Itinerário de um refugiado"
Super recomendo.
07/10/2018
Eu Venho de Alepo
Escrito por
cartas para mim
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resenhas
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É realmente muito triste pessoas como o joude,terem que deixar para trás a sua terra,a sua história para proteger as suas famílias da violência.
ResponderExcluirApesar da jornada difícil,ele ainda teve uma certa sorte.Pois recentemente ,em todos os noticiários do mundo, mostrou a história de um pai refugiado,que perdeu seus filhos afogados tentando desembarcar em outro país ,fugido da guerra. :(