04/11/2018

Presos Que Menstruam

  e arquivado em    

Carandiru feminino. A brutal vida das mulheres tratadas como homens nas prisões brasileiras.

Grande reportagem sobre o cotidiano das prisões femininas no Brasil, um tabu neste país, Nana Queiroz alcança o que é esperado do futuro do jornalismo: ao ouvir e dar voz às presas (e às famílias delas), desde os episódios que as levaram à cadeia até o cotidiano no cárcere, a autora costura e ilumina o mais completo e ambicioso panorama da vida de uma presidiária brasileira. Um livro obrigatório à compreensão de que não se pode falar da miséria do sistema carcerário brasileiro sem incorporar e discutir sua porção invisível. 
Presos que menstruam, trabalho que inaugura mais um campo de investigação não idealizado sobre a feminilidade, é reportagem que cumpre o que promete desde a pancada do título: os nós da sociedade brasileira não deixarão de existir por simples ocultação – senão apenas com enfrentamento.

Resenha
"Leio, em voz alta, a inscrição no alto da Penitenciária de Sant’Anna: — “Aqui o trabalho, a disciplina e a bondade resgatam a falta cometida e reconduzem o homem à comunhão social.” No final da frase, uma funcionária cochicha ao meu ouvido: — Mentira..." (from "Presos que menstruam: A brutal vida das mulheres - tratadas como homens - nas prisões brasileiras" by Nana Queiroz)

Quando vi a capa do livro no Kindler,fiquei bem curiosa .
E quando comecei a ler ,me senti arrebatada para aquela realidade tão dura e cruel que tantas mulheres vivem encarceradas.
Vidas diferentes que se cruzam no crime. Mulheres que por muitas razões entram em um caminho tortuoso e muitas vezes sem volta,já que o sistema não ajuda e muitas delas perdem a capacidade de acreditar em si mesmas.
Porém ,também tem experiências que pessoas mudam de vida,com toda dificuldade ,tentam de forma sofrida sair melhor da situação em que estão.

"A Penitenciária Madre Pelletier, de Porto Alegre, foi a primeira penitenciária feminina do Brasil. O dado curioso não é este, mas sim que ela foi fundada apenas em 1937, e não pelo Estado, mas por freiras da Igreja Católica. Até então, mulheres condenadas do Brasil inteiro cumpriam pena em cadeias mistas, onde frequentemente dividiam celas com homens, eram estupradas pelos detentos e forçadas à prostituição para sobreviver. Depois de muitas denúncias e discussões de penitenciaristas, o Brasil, tardiamente, passou a construir presídios apenas para mulheres, começando pelo Rio Grande do Sul e espalhando-se pelo resto do país." (from "Presos que menstruam: A brutal vida das mulheres - tratadas como homens - nas prisões brasileiras"
Um livro que é um choque de realidade,uma leitura dura,porém de grande importância ,super recomendo.
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Um comentário

  1. É uma realidade triste?
    Sim!
    Mas meu pesar vai para as que lá estão injustamente.
    Para as que cometeram crimes graves, só lamento pelo mal que causaram ao próximo.

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