Desde Liniker, passando por Johnny Hooker, as Bahias e a Cozinha Mineira, Linn da Quebrada, Rico Dalasam, Luana Hansen e outros artistas com grande destaque, o cenário musical LGBTQI nunca esteve mais em evidência. Porém, o entretenimento não é o único objetivo desses artistas ao subir nos palcos. Suas letras, seus gestos e atitudes vêm em defesa de algo muito maior: o respeito às questões de gênero.Nesta coletânea de entrevistas, o leitor poderá mergulhar no universo desses artistas e conhecer as nuances da fama, as dificuldades, preconceitos e barreiras que eles enfrentaram para conseguir chegar ao mercado massivo da música brasileira.
A função do artista é questionar seu tempo, usar sua arte e o espaço que lhe é concedido para agregar em questões como o preconceito, em todas as suas vertentes, cravar minha bandeira no coração dos machistas, lutar pela liberdade sexual, liberdade de expressão, uma nação livre é uma nação feliz! Encorajar as mulheres, gays e negros a seguir em frente apesar das adversidades. Se eu tivesse poder eu curaria a mentalidade dos que nos oprimem. Tenho em meu coro vozes de grandes artistas da nova geração que perpetuarão a minha luta! Eles também me representam, assim como eu a eles. Com cabeça erguida, coluna ereta e orgulho no peito sigamos em frente! - Elza Soares
"Como diria Clarice Lispector, "a palavra é o meu domínio sobre o mundo"! O nosso! Aqui são todas cantantes encantadoras de palavras. Vozes a inspirar militâncias, a transpirar lutas. Pessoas de verdade, fazedoras trans/travestis, negras, gordas, bichas, lésbicas sempre futuristas! Categorias identitárias que se entrelaçam e sobre as quais brotam outras substâncias. Todas convictas. Obrigada por pluralizarem a música popular brasileira!" - Magô Tonhon, transativista e mestranda em estudos culturais pela Universidade de São Paulo
"A importância de se sentir representado em vida na literatura está em saber que o conhecimento é espelho das abruptas transformações que estamos vivendo, e que a consciência pode - e deve - acompanhar o ritmo." - GLORIA GROOVE
RESENHA:
Assim que vi esse livro eu pensei:
PRECISO LER IMEDIATAMENTE !!
E assim fiz,comprei sem hesitar.
E simplesmente ,até agora foia a leitura mais válida do ano.
O livro conta um pouco da trajetória de alguns artistas da nova cena da MPB brasileira
Que não só representa uma mudança,como a voz dos que não são ouvidos.
Em um país onde se tem o maior índice de assassinatos de LGBTS ,crimes de transfobia ,esse livro vem em uma hora onde estamos passando por uma fase super obscura ,com tanto ódio a diversidade e o colonialismo da direita conservadora que impõe que o certo é as relações entre homens e mulheres ,e tudo que passar disso é uma aberração.
" Esses artistas subvertem as fronteiras de gênero,transitando entre o espectro masculino e feminino ,ou adotam um visual andrógino.Assim como também assumem abertamente sua identidade de gênero e orientação sexual,diferentemente de seus predecessores . Trata-se de um movimento que não foi programado por uma reunião de artistas ou pensadores. É um movimento espontâneo ,que pipoca por todos os lados,da margem para o centro e não tem meias palavras ao colocar o dedo na ferida da sociedade.
Provocam a ocupação de espaços conservadores ,como mídias tradicionais,grandes locais de shows privados ou públicos ,e tencionam o sistema .
Ou "CIS"Tema,que é patriarcal ,heternormativo e branco."
Ao longo da leitura,vamos nos despindo da nossa falta de conhecimento das questões de gênero e vamos percebendo a importância desse movimento nos dias de hoje.
A autora nos faz acompanhar um pouco as vidas dos artistas como a Liniker ,como o Johnny Hooker ,Linn da quebrada,entre outros.
São histórias fascinantes e algumas tristes,sobre a descoberta do gênero,o preço a ser pago e sobre a descoberta artística .
É com certeza um livro que deve ser lido por todos,pois ajudará bastante a mudar o modo que olhamos para a comunidade GLBT.
Para mim ,foi mais um ganho,pois amo essa causa ,e apesar de não ser de certa forma meu lugar de fala,eu posso ajudar combatendo o preconceito e esclarecendo sobre a questão de gênero que ainda é tão ignorada e vista de modo errado por tantos.
Super recomendo esse livro,pois é uma leitura libertadora.
Meu amor e admiração a escritora Larissa Ibúme ,por partilhar conosco esse livro maravilhoso.
Obrigada a todos esses artistas que eu já era grande admiradora por nos mostrar um pouco de suas vidas.
23/04/2018
Vozes transcendentes
Escrito por
cartas para mim
e arquivado em
resenhas
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Que coisa maravilhosa esse livro Dayse, também fiquei SUPER interessada em ler. Essa nova geração de artistas LGBTS é realmente talentosa demais!
ResponderExcluirNão Me Mande Flores ♥
Day,sei da sua luta constante em defender todos que sofrem preconceito de alguma forma.
ResponderExcluirE imagino como à leitura desse livro foi especial para você.
Acho que é importante conhecer a história de cada um desses artistas,para dismetificar todo e qualquer preconceito que sofrem,por ser como são.
Ninguém tem o direito de julgá-los.
Bjs 😊
**desmistificar
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