‘O Diário de Myriam’ é um registro comovente e verdadeiro sobre a Guerra Civil Síria. Escrito em colaboração com o jornalista francês Philippe Lobjois, que trabalhou ao lado de Myriam para enriquecer as memórias que ela coletou em seu diário, o livro descortina o cotidiano de uma comunidade de minoria cristã que sofre com o conflito através dos olhos de uma menina.
Assim como acompanhamos a Segunda Guerra Mundial pelos olhos da pequena Ada em A Guerra Que Salvou a Minha Vida e A Guerra Que Me Ensinou a Viver, O Diário de Myriam apresenta a perspectiva de uma menina que teve sua infância roubada ao crescer rodeada pelo sofrimento provocado pela Guerra da Síria, iniciada em 2011. Myriam começou a registrar seu cotidiano após sugestão da mãe, que propôs que ela contasse tudo aquilo que viveu para, um dia, poder se lembrar de tudo o que aconteceu.
Escrito entre novembro de 2011 a dezembro de 2016, o diário alterna entre as doces memórias do passado na cidade de Alepo e os dias doloridos e carregados de incertezas. E é com a sensibilidade de uma autêntica contadora de histórias que ela narra a preocupação crescente de seus pais com as notícias na tv, as pinturas revolucionárias nos muros da escola, as manifestações contra o governo, a repressão, o sequestro de seu primo e, por fim, os bombardeios que destroem tudo aquilo que ela conhecia.
Resenha:
"Um dia quando eu era bem pequena ,papai disse:
"Alepo é a estrela da terra".Ele tinha razão.
Alepo era um Éden,era nosso Éden."
O Diário de Myriam é um livro muito comovente ,de uma garotinha cristã síria que começou a escrever um diário desde os seis anos de idade.
Myriam ,nos apresenta com sua visão infantil os horrores de uma guerra tão violenta e injusta.
O seus dias de brincadeiras na rua com sua irmã mais nova ,e seus amigos da escola de uma hora para outra totalmente mudado por uma rotina de violência e terror.
A inocência de Myriam é algo que nos chama atenção,como as crianças são afetadas nos seus sonhos por algo tão triste como a guerra.
Ela fala de Alepo antes de todo terror, e como durante toda a guerra a família dela perdeu tudo,sonhos,objetos,vida...
"Alepo é uma cidade fantasma.Não tem ninguém .Ás vezes ,há senhoras de preto que correm do lado de fora,ou pessoas armadas.Mas só isso.
Quando a gente abre as janelas,não tem um barulho de vida sequer.Não existe flores,não existem cores e até os pássaros já nos deixaram."
O livro me fez chorar muitas vezes e me deixou imaginando como era essa terra antes de tudo isso.
Acho que esse livro deveria ser lido por todas as pessoas,principalmente aquelas que acham que refugiados de guerra são vagabundos e querem entrar nos países dos outros só para se aproveitar.
Infelizmente temos visto até no nosso Brasil esse tipo de pensamento pobre e infeliz.
Esse livro é uma lição que uma menina tão jovem dá ao mundo.
"tenho treze anos.Cresci rápido,rápido demais.
Sei reconhecer as armas,sei reconhecer as bombas.Sei quando é preciso se esconder e como se deve esconder.
Mas ,principalmente ,sei o que é a morte.A perda de pessoas que se ama,e o medo de morrer.
Eu me vi encurralada em um conflito sem nome,sem palavra para as crianças .Não o entendi.
Falava-se de guerra civil,falava-se de bombardeios russos ,de coalizão internacional.
Para mim ,era só medo ,tristeza ,angústia. E as lembranças de uma vida de antes que não recuperarei nunca mais"
Oi Day!
ResponderExcluirAinda não li, mas acho a capa linda e a história deve ser muito comovente!
Esses livros em ambiente de guerra com ponto de vista infantil acabam comigo! :'(
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
Essa história parece ser mesmo comovente.
ResponderExcluirPrincipalmente por nos contar o drama ,o medo e a falta de esperança desse povo.
Por esse motivo que procuram refúgio. Sei que eles gostariam de continuar em sua terra.
Mas sem a violência que sofrem...