15/07/2019

Daqui Pra Baixo (Intrínsecos #9)

  e arquivado em    


Aos quinze anos, Will conhece intimamente a violência. Ela está no dia a dia do bairro, nos avisos para não voltar muito tarde, nos sussurros dos vizinhos sobre mais uma pessoa que foi morta. Sussurros que agora falam da família dele, de seu irmão mais velho, seu herói.
"Daqui pra baixo" é a história de uma vingança contada pelo olhar do garoto cujo irmão foi baleado na rua onde ele mora. Um romance escrito em verso, que se passa em pouco mais de um minuto: o tempo que o elevador do prédio leva pra descer até o térreo, onde Will vai encontrar o assassino do irmão, vai apontar pela primeira vez uma arma na cara de alguém e vai atirar.
São só 67 segundos, mas nas circunstâncias de Will isso é muito tempo. Ele rememora as regras do bairro, sob as quais foi criado. A número 1 é não chorar. A número 2, nunca dedurar ninguém. A terceira e mais importante, se fazem algo com você, você tem que se vingar. Quem as ensinou a Will foi Shawn, seu irmão, e agora ele foi morto. As regras são o que restou.
A cada andar, a cada parada do elevador, a porta que se abre e se fecha rebela um rosto diferente, todos do passado de Will. Nenhum o julga nem evoca moralismos, mas conforme eles surgem e vão ocupando a cabine, ocupam também os pensamentos e sentmentos de Will. Como exatamente elevai manejar aquela arma? Ele sabe com certeza absoluta quem foi o assassino do irmão? Ele não vai errar o tiro? Cada rosto tem uma história de vida e de morte. Will, em questão de segundos, vai definir a dele.
Jason Reynolds escreveu "Daqui pra baixo" originalmente em prosa, depois em verso, e a narrativa em staccato que resultou dessa experimentação faz a emoção - a confusão, a revolta, o medo - do garoto armado que sai para vingar o irmão crescer também no peito de quem lê. Um livro impossível de ignorar.

Sirenes pra todo lado,
cada uivo cortando
o barulho da cidade.
Mas não os gritos.
Os gritos sempre são
mais altos que o resto.
Até que as sirenes.

 Resenha:

Um dos livros maravilhosos que o clube intrissecos trouxe ao seus assinantes .
Um livro de uma temática importante que mostra como reconhecer nossos privilégios só pelo simples fato de não sermos negros nessa sociedade que ao longo dos séculos tem feito um genocídio das pessoas negras.
Um livro que mostra através da poesia ,o racismo profundo na cultura americana,a marginalização das pessoas que moram nos guetos.
Um livro para ser lido em nosso país,pois aqui também o genocídio dos jovens negros é imenso.
As pessoas com privilégios ,( já escutei muito de ex amigos de clubes de leitura por sinal) que cotas pra negros não são significativas porque negro geralmente não termina o curso...
Já houvi coisas bem piores,que cota é esmola etc...
Enfim ,um livro maravilhoso!!
Valeu muito ler esse livro,todos aqui em casa amaram.
Foi até um presente de uma assinante do clube para minha filha,pois como eu tive o cartão clonado,ela me enviou com todo amor o livro!!

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Um comentário

  1. Olá,li primeiro a sinopse e resenha do livro. E depois que fui entender o significado do título do livro.
    Em sua sede de vingança,pelo que entendi, Will está cada vez mais a um passo de um fim trágico em sua vida.

    Não li o livro. Mas espero que ele desista.

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